Dos caules principais lançam suas enormes inflorescências vistosas que irrompem das hastes e folhas e flores de cores roxas, vermelhas e douradas.
Amarantáceas de rápido crescimento, de caules eretos, cilíndricos e folhas bem desenhadas contra a luz do sol, até onde o olhar alcança.
Eretas, semieretas ou soltas, cada panícula com suas atraentes flores, masculinas e femininas, que se autopolinizam, se antes não tiverem sido polinizadas pelo vento, cujos frutos contêm uma única semente com uma gama diversificada de cores, do preto ao vermelho, do marfim, ao branco.
Ramos de forma cilíndrica, que as vezes brotam firmes, seguros, desde a base da planta, onde uma curta raiz principal orienta as secundárias para baixo, chão adentro.
A força do movimento que ninguém vai perceber, implícita no tempo, no crescimento, distinguindo-se, as espécies, pela cor do caule, pela forma da panícula, do fruto, das sementes; maiores, menores, baixas, altas, rústicas, resistentes.
As sementes, tão pequenas, precisam ficar próximas à superfície para germinar, quando uma leve camada de terra deverá cobri-las e a estação úmida lhes dará o impulso para a vida; quando bem desenvolvidas, as raízes profundas das espécies maiores permitem que as plantas atravessem, bravamente, possíveis períodos de seca, tolerando até mesmo alguma salinização do solo, causada pelo acúmulo excessivo de sais minerais provenientes das águas das chuvas, do mar ou pela irrigação na agricultura.
As panículas, se forem colhidas, deverão ser deixadas ao sol para terminar de secar por dois ou três dias, quando, então, serão batidas para que as sementes se soltem.
O amor jaz sangrando nas manchas da paisagem atraindo borboletas, abelhas e outros polinizadores. O amor jaz sangrando em flores, cuja cor é mais forte quanto mais o solo é pobre, e, se não desejarmos que ele se propague, antes que as sementes espalhem-se, caindo ao chão, em miríades de outros amores jazendo em sangue sobre a terra, devemos cortar as panículas com as sementes, ou teremos de eliminar as pequenas mudas, antes que elas tomem gosto pela vida. Penso que o amor jaz sangrando deveria ser livre para nascer, crescer e se espalhar para além da própria beleza.
Nome científico: Amaranthus caudatus, da familia Amaranthaceae
Nomes comuns : Kiwicha, amaranto, trigo inca, achis, achita, chaquilla, sangorache, borlas, quihuicha, inca jacato; ataco, ataku, sankurachi, jaguarcha, millmi, coimi. Em Inglês e Português, entre outros nomes, love-lies-bleeding e amaranto cauda-de-raposa.