1.21.2011

A LENDA DO HUINGAN (HUINGAN CÓ)





LENDA DO HUINGAN




Nos tempos antigos, um dos primeiros Incas empreendeu uma viagem aos confins do sul imperial que ia até o Norte do Neuquén. Depois de desfrutar das águas termais de Domuyo, ao continuar mais para o sul, tentando atravessar o caudaloso Neuquén, o Inca foi arrastado por um repentino vendaval e seu corpo desapareceu. Todos o procuraram, cheios de dor e desespero, por todos os recantos e remansos do rio, sem poder encontrá-lo, sofrendo fome, sede e os rigores do sol sem sequer achar nenhuma árvore, em seu caminho, para protegê-los.


Ao chegar a uma grande curva do Neuquén, onde ele, repentinamente, muda, para o oeste, encontraram um belo vale com muitos arbustos tão verdes como nunca haviam visto. Puderam, então, à sua sombra, aliviar o cansaço e saciar a fome com os frutos negros e picantes desse desconhecido arbusto.
Ao cortar galhos para lenha, descobriram que sua madeira branca mostrava, no centro, uma cor avermelhada, de sangue, que desbotava em contato com o ar. De suas feridas escorria uma espessa seiva leitosa que, quando misturada aos frutos negros produzia uma forte "chicha" (bebida) que lhes dava prazer e euforia, levantando o ânimo dos soldados imperiais. Compreenderam, então, que esta planta rara era um presente de seu Inca e um sinal de que não o procurassem mais, pois ele iria viver para sempre no vale e nessa planta. Deram o nome de "Inca Am" (Am= alma, espírito) ao arbusto, do qual deriva Huingán ou Huincán, que significa "Espírito ou Presente do Inca".








O RESGATE DE ATAHUALPA




                                                           o quarto do resgate






Quando Inca Atahualpa foi feito prisioneiro em Cajamarca, os espanhóis exigiram um resgate para libertá-lo; para isso deveriam encher com ouro, até a altura de seus dedos estendidos para o alto, o quarto onde estava prisioneiro - ele era bem alto.
A ordem de trazer todo o ouro que se pudesse para libertar o Filho do Sol correu por todo o Império.


Desde a região do Milla Michi Có ("Oro bajo el agua") partiu uma grande caravana de llamas carregadas de ouro, mas a notícia de que os espanhóis haviam matado Atahualpa os pegou no caminho; a ordem, então, foi esconder o ouro. O líder da expedição sabia que, no alto da Cordilheira do Vento havia uma pequena lagoa de onde nascia o arroio Huingan Có (arroio do espírito ou alma do Inca) e no fundo das colinas que a rodeavam, meio escondida pela neve, havia uma grande caverna. Ordenou que o ouro fosse levado para lá e mandou emparedar a caverna com grandes pedras, perfeitamente esculpidas. Antes de colocar a última, todos, se trancaram nela, para converterem-se em eternos guardiães do tesouro de seu sagrado Inca. Apenas um, encarregado de pôr a última pedra e selar a entrada, cobrindo-a com pedras, lama e neve, ficou do lado de fora, para, depois, regressar ao Cusco levando a notícia.




                                           Arroyo Huingan Có, que forma a lagoa homônima




Aqueles que sabem dizem que, no fundo da "Lagunita de Huingan Có", depois de invernos com pouca neve e verões quentes, ao retirar-se a neve, pode-se ver, ao pé dos morros, a misteriosa imagem de uma porta. Os poucos que a viram dizem que é feita de blocos de pedra tão bem esculpidos e polidos que seria impossível fazer penetrar entre eles uma lâmina de faca.
Ali continua o tesouro de Atahualpa, guardado por seus incas-guardiães...








                            Vista da entrada de Huingan-có rodeada de plantações de pinheiro.

                    ARGENTINA: (JARDIM DE NEUQUEN) LAGUNITA DE HUIGAN CÓ 


*








A LENDA DOS SOLDADOS PURURAUCAS (YAWARPAMPA).









No ano de 1438, um inevitável confronto colocou Incas e Hanan Chancas em um mesmo campo de batalha. Os sanguinários Hanan Chancas eram temidos porque, se vencessem, certamente, submeteriam os vencidos a um ritual macabro de tortura, no qual seriam, lentamente, escalpelados vivos. Depois, seus crânios serviriam como taças de onde seus algozes beberiam seu sangue. Sua fama fazia tremer qualquer povo, não seria de admirar que fossem respeitados ao extremo. Pela primeira vez, o Cusco estava em absoluto perigo; um deslize e o povo Inca seria exterminado. Quarenta mil homens de guerra, liderados por Anco Huayllu, avançaram até cercar a cidade. 

Nesse momento o pânico tomou conta e o Inca Wiracocha foi obrigado a refugiar-se, com a familia e alguns nobres, no Collasuyo. Tudo parecia, irremediavelmente, perdido. No entanto, o príncipe Cusi Yupanqui ficou para defender a cidade, liderando uma resistência inspirada tanto na ousadia de uma  estratégia diplomática de conduzir o inimigo a um improvável armistício quanto na audácia do enfrentamento no campo de guerra. Primeiro ele tentou oferecer a paz aos sitiadores, tentando ganhar tempo para reunir aliados; enquanto isso, tentava pôr em prática uma desesperada estratégia.
Conta a lenda que, Cusi Yupanqui postou seu exército em Yawarpampa (Campo de Sangue) e enquanto esperava pelo exército inimigo, ordenou que se fizessem montículos de pedra para parecer, à distância, que fossem soldados e que o exército fosse muito mais numeroso do que, realmente, era. Então, em plena batalha, os montículos de pedra  tornaram-se reais, pela vontade dos deuses, dando, aos Incas, a vitória, tanto na batalha quanto na guerra. Nesse dia morreram vinte e dois mil chancas e oito mil cusquenhos.
Talvez, a História possa explicar a lenda, sugerindo que "os montículos que se tornavam soldados de verdade" fossem, apenas, a tão sonhada ajuda solicitada pelo príncipe Cusi Yupanqui, aos povos vizinhos, que teriam resolvido juntarem-se aos cusquenhos em plena batalha, fazendo parecer que a pedra ganhava vida.
Naquele dia, foram recebidos como heróis na Praça de Armas do Cusco e o príncipe assumiu o poder com o nome de Pachacutec.








1.20.2011

DESPERTA, INKA ATAHUALLPA!!! HATARIY, SAPA INKA ATAWALLPA!!



Los Funerales de Atahualpa (Museu de Arte de Lima/Peru)
Os Funerais de Atahualpa (Museu de Lima/Peru)







Quando a luz do sol se apagou, no dia 29 de agosto de 1533 (1), foi para sempre. O filho do Sol, Atahualpa, estava morto e, com ele, morto estava, também, o grande Tahuantinsuyo. Os Andes tremeram como se um terremoto de gigantescas proporções abalasse sua estrutura e a instabilidade que se seguiu não começou fora, nas encostas e vales, mas, dentro de cada pessoa que vivia sob a luz do Sol (Inti) da qual o Inca era o Filho. Todos acorreram, queriam vê-lo, pela última vez, estar com Atahualpa, ainda que fosse só um pouquinho, quando ele parecia, apenas, adormecido e a noite se alongava, cheia de lágrimas e gritos de desespero, perpetuando a escuridão em seus corações. Não haveria mais arco-íris, não haveria mais a ponte entre sol e chuva para lembrá-los da aliança que havia entre o deus Sol e seu povo. A Bandeira do Tahuantinsuyo, a Bandeira do Arco-íris, fora rasgada em milhares de pedaços e seu colorido se diluíra na cor de lama e sangue das botas do inimigo.


"Deixaram os executores fenecer o dia, como se temessem a luz, para consumação de seu crime e, duas horas depois do anoitecer o levaram para o suplício"*; este fiel relato basta para descrever a insanidade e o ódio daqueles que "em nome de Jesus Cristo", levaram a tortura e a morte por onde passaram, usando o nome de Deus para a resolução de seus atos de cobiça, ao longo da História. Na verdade, nada disso pode ser explicado, apenas registrado, com a tristeza de um luto que nunca terminou. Como a madrugada espera o amanhecer, o Tahantinsuyo espera pela volta do Sol, para despertar em um dia radiante que o fará esquecer a tempestade de raios e trovões que se abateu sobre os telhados de ouro de Cusco, desmoronando suas construções em ruínas.


Conta a lenda que Atahualpa despertará de seu sono para ordenar o caos estabelecido nos domínios do Sol. Por isso o povo Inca espera; preservando, através de sua Cultura, a fé no Deus Sol e em seu Filho, entoando, em uníssono, com voz rouca, de lamento, o canto, que jamais pôde ser contido, o grito aflito que o som das flautas sucede para acordar o Príncipe... Hatariy, Sapa Inka Atawallpa!!! Hatariy!!!!






(1) Algum autores datam 26 de julho de 1533.


* César Cantú, Historia Universal, Biblioteca Ilustrada de Gaspar y Roig, Madrid, 1866. (traducida directamente del italiano con arreglo- la setima edición de Turin, anotada por D. Nemesio Fernandez Cuesta)(Tomo X - documentos, biografias e índices / Francisco Pizarro)









                                                                     


1.19.2011

ANDES- O GRITO DO SILÊNCIO.



Hoje a minha voz não terá som, minhas palavras serão como penas arrancadas de um condor que se arrebenta contra paredões de pedras incaicas... Ergo-me, chorando, cega de lágrimas e de chuva, quebrando-me ao vento que assobia tempestades... Deixo-me escorrer pela encosta, despencando minha fé desde as alturas, para um desfiladeiro que não tem fim, um abismo que os séculos escavaram, sem piedade, na revolta da "alma" andina - esfacelada em pedacinhos de arco-íris contra malévolas nuvens escuras e invasoras.


Quando estou assim, tão lúcida, fica difícil acreditar em qualquer coisa; fica impossível raciocinar com pensamentos "ocidentais" de verdade e justiça.
Tento expressar, com palavras estrangeiras, a dor que só poderia ser contada em quéchua... Que minhas palavras sejam armas dilacerando distâncias, alcançando o invasor em seus domínios, ferindo-o com dardos de consciência para que se arrependa...
Ao buscar entender a História, permaneço de joelhos diante do Conquistador e de seu "Deus de Salvação", a refletir - a dor foi transformando a si mesma; as feridas, cicatrizadas superficialmente, muitas vezes misturando-se ao sangue do estrangeiro. Recuso-me a falar, neste monólogo do silêncio, sobre como o Sol foi toldado em um eclipse eterno, espalhando sobre os Andes a desolação dos andenes vazios de cultivo...
Agora, meu grito esbarra em um paredão de tempo suspenso no espaço de lugar algum - quero voltar e não posso, quero morrer e a morte seria o alívio que o opressor proíbe. Então, deixo, por um único momento, o palco sangrento da minha "América" aviltada e subo, só um pouquinho, o degrau gélido da inconsciência, os pés descalços pisando, com delicadeza, aqui e ali, o lajedo da antiga trilha inca que cortava oTahuantinsuyo como veias vivas. Respiro o frescor de uma época feliz e organizada em que as flores adornavam os caminhos e as colheitas não deixavam esvaziarem-se os celeiros; um tempo em que, entre o sol e a chuva, imperava a Bandeira do Arco-Íris, desfraldada ao sopro das flautas que ainda nos chamam...




tanya marah
18/01/2011
de algum lugar do Antisuyo.








*Não posso deixar de registrar um trecho que li, atribuído ao último sobrevivente dos conquistadores originais do Império Inca, Don Mancio Serra de Leguisamo, que escreveu no preâmbulo de seu testamento, em Cuzco, no dia 18 de setembro de 1589:


"Encontramos os tais reinos em tão boa ordem e os ditos Incas os governavam com tal sabedoria que, através deles não havia nenhum ladrão, nenhum viciado, nenhuma adúltera, nem uma mulher má era admitida entre eles, nem havia pessoas imorais. Os homens tinham ocupações úteis e honestas. As terras, florestas, minas, pastagens, casas e toda sorte de produtos eram regulados e distribuídos de tal maneira que cada um conhecia sua propriedade sem que nenhuma outra pessoa se aproveitasse dela ou a ocupasse, nem que houvesse processos judiciais com relação a isso..."




...O motivo que me obriga a fazer esta afirmação é o desencargo da minha consciência, porque eu me acho culpado, pois destruímos, pelo nosso mau exemplo, as pessoas que tinham um governo que era apreciado por esses nativos. Eles estavam tão livres de cometer crimes ou excessos, tanto homens como mulheres, que o índio que tinha 100 mil pesos em ouro ou prata em sua casa, deixava-a aberta, apenas colocando um pequeno bastão contra a porta, como sinal de que o dono estava fora. Com isso, segundo seu costume, ninguém podia entrar ou tirar qualquer coisa que estivesse lá. Quando viram que nós colocamos fechaduras e chaves em nossas portas, pensaram que era por medo deles, para que não pudessem nos matar, mas não porque acreditavam que alguém iria roubar a propriedade de outro. Assim, quando eles descobriram que tínhamos ladrões entre nós, e homens que procuraram fazer suas filhas cometerem pecado, eles nos desprezaram ". (Markham 300) 






Markham, Sir Clements, The Incas of Peru, Second Edition, John Murray, London, 1912.




texto em inglês: 




In Cuzco on Sept. 18, 1589, the last survivor of the original conquerors of Peru, Don Mancio Serra de Leguisamo, wrote in the preamble of his will the following in parts: 




"[W]e found these kingdoms in such good order, and the said Incas governed them in such wise that throughout them there was not a thief, nor a vicious man, nor an adulteress, nor was a bad woman admitted among them, nor were there immoral people. The men had honest and useful occupations. The lands, forests, mines, pastures, houses and all kinds of products were regulated and distributed in such sort that each one knew his property without any other person seizing it or occupying it, nor were there law suits respecting it... 


"...the motive which obliges me to make this statement is the discharge of my conscience, as I find myself guilty. For we have destroyed by our evil example, the people who had such a government as was enjoyed by these natives. They were so free from the committal of crimes or excesses, as well men as women, that the Indian who had 100,000 pesos worth of gold or silver in his house, left it open merely placing a small stick against the door, as a sign that its master was out. With that, according to their custom, no one could enter or take anything that was there. When they saw that we put locks and keys on our doors, they supposed that it was from fear of them, that they might not kill us, but not because they believed that anyone would steal the property of another. So that when they found that we had thieves among us, and men who sought to make their daughters commit sin, they despised us." (Markham 300) 







1.14.2011

PORTÃO DOS DEUSES.



A porta ou Portão dos deuses (Puerta de Hayu Marca), escavada em rocha na região serrana Hayu Marca (sul do Peru), perto do Lago Titicaca, a 35 quilômetros da cidade de Puno, tem sido reverenciada pelos habitantes locais como a "Cidade dos Deuses". Embora nenhuma cidade real jamais tenha sido descoberta, ela é parte de uma área conhecida como Floresta Espírito, ou Floresta de Pedra, feita de estranhas formações rochosas. 


Uma lenda fala de "uma porta de entrada para as terras dos Deuses" através da qual, nos tempos antigos, grandes heróis teriam ido juntar-se aos seus deuses, passando pelo portão para uma vida nova de gloriosa imortalidade e, em raras ocasiões, essas pessoas voltavam, por um curto período de tempo, com os seus deuses, para "inspecionar todas as terras do reino", através do portão. 


Outra lenda fala da época em que os conquistadores espanhóis chegaram ao Peru e saquearam o ouro e pedras preciosas do Império Inca. Um sacerdote do Templo Inca dos Sete Raios, chamado Amaru Meru (Aramu Muru), teria fugido de seu templo sagrado com um disco dourado conhecido como "a chave dos deuses dos sete raios", e se escondido nas montanhas de Hayu Marca.  Ele lhes teria mostrado a chave dos deuses e um ritual teria sido realizado, com a celebração de um acontecimento mágico. Iniciado pelo disco de ouro que teria aberto o portal, de acordo com a lenda, uma luz azul teria emanado do túnel que leva para dentro. 

Então, o sacerdote Amaru Meru teria entregado o disco de ouro para o xamã, passando através do portal para nunca mais ser visto novamente.  Os arqueólogos observam que existe uma mão de pequeno porte, na depressão circular no lado direito da porta menor, e teorizam que este é o lugar onde um pequeno disco pode ser colocado e mantido pela rocha.


De acordo com alguns indivíduos que colocaram suas mãos na pequena porta, uma sensação de energia fluindo foi sentida, bem como experiências estranhas como visões de estrelas, colunas de fogo e os sons de estranha música.  Outros disseram ter percebido túneis no interior da estrutura, embora ninguém ainda tenha encontrado uma lacuna na abertura da porta. Pelo contrário, a opinião profissional é que não há nenhuma porta real e que tudo tenha sido esculpido a partir de uma mesma rocha. 


É interessante notar que a estrutura assemelha-se, inegavelmente, à Porta do Sol em Tiwanaku (Tiahuanaco) e cinco outros sítios arqueológicos que se ligam por uma cruz imaginária de linhas retas que se cruzam exatamente no ponto onde o planalto e o Lago Titicaca estão localizados.
Notícias da região, nos últimos 20 anos, tem indicado atividades com objetos voadores não-identificados em todas essas áreas, especialmente no Lago Titicaca. A maioria dos relatórios descrevem brilhantes esferas azuis e brilhantes objetos brancos em forma de disco. 

A lenda acima é concluída com uma profecia de que a Porta dos Deuses, algum dia, será aberta, muitas vezes maior do que realmente é, para permitir que os deuses regressem em suas naves de Sol.

A profecia afirma que todas as Américas eram unidas por uma tradição espiritual comum e por um líder e que o serão novamente. Estávamos unidos, antigamente - Amaruca, ou Ameruca (América), significando terra da serpente- em um tempo em que a serpente era o símbolo universal de sabedoria mística e poder espiritual. Uma lenda diz que a América do Norte e a América do Sul teriam sido nomeadas por esse portador de cultura historicamente conhecido como Aramu Muru ou Meru Amaru, a "Serpente Meru" .
Aramu Muru teria vindo do antigo continente de Mu com muitos objetos de poder, incluindo o poderoso Disco Solar, que já fora pendurado em um templo importante em sua terra natal. Ele também teria trazido muitos ritos e símbolos sagrados, como o Chacana que, depois de ter sido levado pelos missionários para todas as quatro direções, servira para unir as Américas em uma cultura espiritual homogênea. 

Lendas afirmam que Aramu Muru teria ajudado muitas tribos nativas americanas depois que chegaram ao Peru, durante o tempo da destruição de Mu (Lemúria) e a Velha Terra Vermelha (Atlantis).  Ele, então, teria unido essas tribos em uma cultura muito avançada, que passara a construir muitos dos imponentes templos megalíticos que ainda adornam a paisagem do Peru hoje. Que embora a maioria de nós tenha esquecido essa ligação com o passado, o espírito de Aramu Muru nunca nos teria abandonado - ele continuaria a vigiar todas as Américas a partir de seu Templo de Luz localizado acima do Lago Titicaca. Além disso, o grande Disco Solar de Mu também  continuaria a existir e, atualmente, estaria localizado no fundo do lago sagrado. 


De acordo com todas as profecias, desde 1992, quando o Pachacuti ou "Transformação do Mundo", anteriormente profetizado pelos Incas, teve seu início, Aramu Muru e o Templo de iluminação estão marcando presença  pois, novamente, o disco solar está emanando poderosas correntes de luz espiritual que acabarão por unir as Américas, elevando o mundo inteiro.  Logo, a profecia se completará, a Águia (América do Norte) vai unir-se ao Condor (América do Sul) e os povos vão tornar-se, novamente, um só.





                                                                  

QUINTO SOL - A VOLTA DO INCA













De acordo com a profecia do povo Inca, o planeta está vivendo seu Quinto Mundo.

Cada um dos mundos anteriores teria durado mil anos; a cada mil anos aparece um novo Sol que reinicia a recuperação dos anos. Ao atravessar o instante que transcorre entre duas idades há o Pachacuti, inversão do mundo - tempo de grande transformação, destruição, desolação. O último Pachacuti ocorreu há quinhentos anos, quando a Conquista Espanhola determinou o fim da Civilização Inca.

Neste momento, o remanescente da Cultura Inca espera pelo retorno do Sol*, o que deverá acontecer nos próximos anos. Foram encontradas vários nomes como se o povo inca acreditasse em vários deuses, nomes como Wiracocha, Ayar, Tunupa ou Tonopa, Illapa-Libiac, Pariaca-Cuniraya- Tutayquiri- Huallallo Carhuincho-Pachacamac, Inkarri, Pishtaco ou Naqaq, mas está comprovado que, mesmo tendo tantos nomes, Wiracocha (Criador) é um deus único, seguido por seus filhos Sol (Manco Capac) e Lua (Mama Oclo), dos quais os FILHOS DO SOL (povo Inca) são herdeiros.


* O incas foram extintos. Não existe remanescente inca, pois trata-se do sangue inca que foi derramado e não existe mais. A profecia é uma esperança mas, Wiracocha teria de recriar o casal original, não sei. Eu quero acreditar na força da profecia porque o Pachacuti, realmente, existiu; a destruição realmente aconteceu. Quinhentos anos depois, por que não deveria haver uma nova inversão do mundo? Tenhamos fé.